Love to code, although it bugs me.

Governo dá preferência ao software open source no Orçamento de Estado para 2014

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Eu não sou muito dado a devaneios, mas a divulgação desta medida no OE2014 mexe com qualquer coisa no meu âmago.



Acho muito bem que se aplique a preferência a ferramentas novas e desenvolvimento de novos sistemas. Mas é completamente desnecessário estar a complicar a renovação de licenciamento/suporte cujo esforço de descontinuação implica migrações de dados/código e incorrer em custos financeiros, humanos e processuais.


Além disso, será que a medida tem presente a diferença entre OSS e FOSS?


Para os novos desenvolvimentos de sistemas de informação serem em OSS, agradecia-se uma postura que se orientasse pela seguinte frase: “A aplicação e base de dados ficarão em software livre. O governo assume a responsabilidade caso a plataforma concebida caia e por falta de suporte da comunidade, a situação seja irrecuperável.”


Se me vierem dizer que posso pagar e contratar suporte sobre inúmeras plataformas de OSS, contraponho a questionar onde fica então a vantagem de usar o tal software livre, já que fico com despesa e vinculado a um prestador de serviços?


Acho que esta medida, como é aplicada, acrescenta um fraco freio ao despesismo, pois no final trata-se de “dar preferência”. Não é vinculativa.


Deixo a sugestão: comparar os custos de centro de dados próprio, servidores físicos próprios, circuitos de rede dedicados, licenciamentos de software perpétuos com outros modelos de exploração: IaaS, PaaS e SaaS.


O (F)OSS já foi muito apetecível mas o mal maior não vem daí … Está na hora de evoluir.

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